domingo, 21 de abril de 2013

E quando alguém morre?

Eu e a Lili (e muitas outras pessoas, é certo, mas a Lili é que me falou disto há pouco tempo) temos um problema sério. Não, não estou a falar da nossa obsessão pela moda nem da nossa aflição em comer imenso e bem e não aumentar dois números de roupa por refeição. Não. Estou a falar de um outro problema que, repito, também vocês já devem ter passado: o que dizer numa particular situação emocional.

Quando o nosso amigo faz anos, sabemos o que dizer. E nem que não saibamos expressar filosoficamente as nossas felicidades ("espero que cresças a par de ti mesmo" ou "mais um passo em direção aos 30"), um simples "Parabéns!" fica sempre bem, põe um sorriso na cara do aniversariante e "mais um que se lembrou" no seu pensamento.

E quando alguém morre? O que se deve dizer? O que está certo e o que temos de evitar?

Eu nunca sei o que dizer nestas situações. Felizmente, são raras as vezes em que isto acontece. Mas nunca tenho as palavras na ponta da língua que me ajudem a verbalizar o que sinto, o que quero que a outra pessoa saiba.
Quase sempre fico-me pelo "Força"... Nunca digo a mais comum ("os meus pêsames"? "os meus pêsamos"?) porque acho que tem uma carga negativa muito forte e não passa aquilo que quero. "Os meus sentimentos", talvez, mas os meus sentimentos não são de certeza os da outra pessoa. Se calhar é mesmo isso que esta expressão significa.

Não sei se isto acontece convosco ou sequer se pensam nisto. Mas acho que vou pedir à Bobone que escreva um livro sobre "Etiqueta e o que dizer na Morte" porque, sinceramente, fico perdido quando ela bate à porta.

Boa semana!

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