quinta-feira, 1 de março de 2012

O regresso da francesa (e duas ou três coisas sobre DST)

Lembram-se de há uns tempos, por alturas daquelas greves chatíssimas dos transportes públicos, vos falar de uma mulher altamente inconveniente, que estivera muitos anos em França e que, naquela espera interminável pelo autocarro, resolveu massacrar a cabeça de todas as pessoas que estavam na paragem? Que disse mal de tudo o que estava a acontecer em Portugal e que "em França é que é!"? Lembram-se? Pois é, ela voltou!

Estava na loja Mundo Místico na baixa do Porto com mais três conhecidos quando ela apareceu mesmo ao meu lado e, interrompendo o diálogo meramente comercial que estabelecia com a funcionária, afirmou a alto e bom som que já tinha muitas pedras, que eram todas lindas, que usava todos os dias uma diferente. Perguntou, interrompendo-me de novo, se tinham aquela pulseira mais pequena e soltou um bem-educado "fodasse" quando a responsável lhe disse o preço da mesma. Meteu-se na minha conversa com a senhora que me atendia, e riu-se histericamente quando disse que a minha compra era para um rapaz. De quando em vez gritava para o lado "Menina! Onde está a menina?!" e falava com toda a gente em francês e em português, porque, provavelmente, esqueceu-se que é portuguesa de gema e que só esteve lá fora alguns anos. Já da outra vez tinha tido uma óptima impressão dela. Agora, consegui confirmar o que já sabia: a mulher é totalmente doida varrida.

Loucuras à parte, vamos a assuntos sérios.

Amigos, infelizmente há realidades bem actuais que já seriam de evitar. Como é que é possivel que, com a quantidade de informação que nos chove todos os dias, ainda haja quem seja capaz de ter relações sexuais (com pessoas conhecidas há pouco tempo) sem recorrer à "camisinha sem mangas"? Como é que alguém pode gostar de jogar a esta roleta russa? E, pior, como é concebível alguém poder afirmar que não importa ter comportamentos de risco "porque se tiver de morrer, morro" ?

Será que não pensam que não é só a nossa vida que está em jogo quando não usamos o preservativo, mas também a do nosso companheiro sexual? Será que não sabem que, apesar de estarmos destinados a morrer (pra isso bastou nascer), podemos prolongar a nossa estada evitando comportamentos que prejudicam a nossa vida?

Fiquei pasmado por saber que há gente que ainda pensa assim. E não me refiro unicamente a jovens.

Até mais!

(p.s.: no título não se lê bem, mas eu transcrevo: O regresso da francesa (e duas ou três coisas sobre DST)

2 comentários:

  1. Hilariante é a palavra que tenho para descrever essa personagem! xD

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  2. Quanto ao segundo tema... Infelizmente é o que se vê e custa perceber o porquê de tanta IGNORÂNCIA e IRRESPONSABILIDADE!

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